domingo, 23 de julho de 2017

Moisés



1. Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim para destruí-los, mas para dar-lhes cumprimento. Porque em verdade vos digo que o céu e a Terra não passarão, até que não se cumpra tudo quanto está na lei, até o último jota e o último ponto. (São Mateus, V: 17-18)
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Moisés

2. Há duas partes distintas na lei mosaica: a lei de Deus, promulgada sobre o Monte Sinai, e a lei civil ou disciplinar, estabelecida por Moisés. Uma é invariável; a outra é apropriada aos costumes e ao caráter do povo, e se modifica com o tempo.

A lei de Deus está formulada nos dez mandamentos seguintes:

I _ Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás deuses estrangeiros diante de mim. Não farás para ti imagens de escultura, nem figura alguma de tudo o que há em cima no céu, e do que há embaixo na terra, nem de coisa que haja nas águas debaixo da terra. Não adorarás nem lhes darás culto.

II _ Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão.

III _ Lembra-te de santificar o dia de sábado.

IV _ Honrarás a teu pai e a tua mãe, para teres uma dilatada vida sobre a terra que o Senhor teu Deus te há de dar.

V _ Não matarás.

VI _ Não cometerás adultério.

VII _ Não furtarás.

VIII _ Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.

IX _ Não desejarás a mulher do próximo.

X _ Não cobiçarás a casa do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem outra coisa alguma que lhe pertença.

Esta lei é de todos os tempos e de todos os países, e tem, por isso mesmo, um caráter divino. Todas as demais são leis estabelecidas por Moisés, obrigado a manter pelo temor um povo naturalmente turbulento e indisciplinado, no qual tinha de combater alguns abusos arraigados e preconceitos adquiridos durante a servidão no Egito. Para dar autoridade às suas leis, ele teve de lhes atribuir uma origem divina, como o fizeram todos os legisladores dos povos primitivos. A autoridade do homem devia apoiar-se sobre a autoridade de Deus. Mas só a idéia de um Deus terrível podia impressionar homens ignorantes, em que o senso moral e o sentimento de uma estranha justiça estavam ainda pouco desenvolvidos. É evidente que aquele que havia estabelecido em seus mandamentos: "não matarás" e "não farás mal ao teu próximo", não poderia contradizer-se, ao fazer do extermínio um dever. As leis mosaicas, propriamente ditas, tinham, portanto, um caráter essencialmente transitório.

Inteligência e instinto

domingo, 23 de abril de 2017

LE - 37 a 42

LE - 35 e 36


Espaço universal

35. O Espaço universal é infinito ou limitado?
“Infinito. Supõe limites para ele: o que haveria além? Isto te confunde a razão, bem o sei; no entanto, a razão te diz que não pode ser de outro modo. O mesmo se dá com o infinito em todas as coisas. Não é na vossa pequena esfera que podereis compreendê-lo.”
Supondo-se um limite ao Espaço, por mais distante que o pensamento o possa conceber, diz a razão que além desse limite há alguma coisa e assim, gradativamente, até o infinito, porque, mesmo que essa coisa fosse o vazio absoluto, ainda seria Espaço.

36. O vácuo absoluto existe em alguma parte no Espaço universal?
“Não, nada é vácuo. O que te parece vazio está ocupado por uma matéria que escapa aos teus sentidos e aos teus instrumentos.”

O Universo compreende a infinidade dos mundos que vemos e dos que não vemos, todos os seres animados e inanimados, todos os astros que se movem no Espaço, assim como os fluidos que o preenchem.

LE - 43 a 49

quarta-feira, 19 de abril de 2017

LE - 35 a 42


Espaço universal

35. O Espaço universal é infinito ou limitado?
“Infinito. Supõe limites para ele: o que haveria além? Isto te confunde a razão, bem o sei; no entanto, a razão te diz que não pode ser de outro modo. O mesmo se dá com o infinito em todas as coisas. Não é na vossa pequena esfera que podereis compreendê-lo.”
Supondo-se um limite ao Espaço, por mais distante que o pensamento o possa conceber, diz a razão que além desse limite há alguma coisa e assim, gradativamente, até o infinito, porque, mesmo que essa coisa fosse o vazio absoluto, ainda seria Espaço.

36. O vácuo absoluto existe em alguma parte no Espaço universal?
“Não, nada é vácuo. O que te parece vazio está ocupado por uma matéria que escapa aos teus sentidos e aos teus instrumentos.”

O Universo compreende a infinidade dos mundos que vemos e dos que não vemos, todos os seres animados e inanimados, todos os astros que se movem no Espaço, assim como os fluidos que o preenchem.

37. O Universo foi criado ou existe de toda eternidade, como Deus?
“Sem dúvida o Universo não pôde fazer-se a si mesmo; e se existisse, como Deus, de toda a eternidade, não poderia ser obra de Deus.” 
A razão nos diz não ser possível que o Universo se tenha feito a si mesmo e que, não podendo ser obra do acaso, deve ser obra de Deus. 

38. Como Deus criou o Universo? “Para me servir de uma expressão comum: por sua Vontade. Nada representa melhor essa vontade todo-poderosa do que estas belas palavras em Gênesis (1: 3): Deus disse: Faça-se a luz e a luz foi feita.”

39. Poderemos conhecer o modo de formação dos mundos?
“Tudo o que se pode dizer e podeis compreender é que os mundos se formam pela condensação da matéria disseminada no Espaço.”

40. Os cometas seriam, como agora se pensa, um começo de condensação da matéria, mundos em processo de formação?
“Isso é exato; absurdo, porém, é acreditar-se na influência deles. Refiro-me à influência que vulgarmente lhes atribuem, pois todos os corpos celestes influem de algum modo em certos fenômenos físicos.”

41. Pode um mundo completamente formado desaparecer e a matéria que o compõe disseminar-se de novo no Espaço?
“Sim, Deus renova os mundos, como renova os seres vivos.”

42. Poderemos conhecer a duração da formação dos mundos: da Terra, por exemplo?
“Nada te posso dizer a respeito, porque só o Criador o sabe; e bem louco quem pretendesse sabê-lo, ou conhecer o número de séculos dessa formação.”


Cristo



Cristo

3. Jesus não veio destruir a lei, o que quer dizer: a lei de Deus. Ele veio cumpri-la, ou seja, desenvolvê-la, dar-lhe o seu verdadeiro sentido e apropriá-la ao grau de adiantamento dos homens. Eis porque encontramos nessa lei o princípio dos deveres para com Deus e para com o próximo, que constitui a base de sua doutrina. Quanto às leis de Moisés propriamente ditas, ele, pelo contrário, as modificou profundamente, no fundo e na forma. Combateu constantemente o abuso das práticas exteriores e as falsas interpretações, e não podia fazê-las passar por uma reforma mais radical do que reduzindo-as a estas palavras: "Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo", e ao acrescentar: "Esta é toda a lei e os profetas".

Por estas palavras: "O céu e a terra não passarão, enquanto não se cumprir até o último jota", Jesus quis dizer que era necessário que a lei de Deus fosse cumprida, ou seja, que fosse praticada sobre a terra, em toda a sua pureza, com todos os seus desenvolvimentos e todas as suas conseqüências. Pois de que serviria estabelecer essa lei, se ela tivesse de ficar como privilégio de alguns homens ou mesmo de um só povo? Todos os homens, sendo filhos de Deus, são, sem distinções, objetos da mesma solicitude.

4. Mas o papel de Jesus não foi simplesmente o de um legislador moralista, sem outra autoridade que a sua palavra. Ele veio cumprir as profecias que haviam anunciado o seu advento. Sua autoridade decorria da natureza excepcional do seu Espírito e da natureza divina da sua missão. Ele veio ensinar aos homens que a verdadeira vida não está na terra, mas no Reino dos Céus; ensinar-lhes o caminho que os conduz até lá, os meios de se reconciliarem com Deus, e os advertir sobre a marcha das coisas futuras, para o cumprimento dos destinos humanos. Não obstante, ele não disse tudo, e sobre muitos pontos limitou-se a lançar o germe de verdades que ele mesmo declarou não poderem ser então compreendidas. Falou de tudo, mas em termos mais ou menos claros, de maneira que, para entender o sentido oculto de certas palavras, era preciso que novas idéias e novos conhecimentos viessem dar-nos a chave. Essas idéias não podiam surgir antes de um certo grau de amadurecimento do espírito humano. A ciência devia contribuir poderosamente para o aparecimento e o desenvolvimento dessas idéias. Era preciso, pois, dar tempo à ciência para progredir.

domingo, 16 de abril de 2017

Moisés




1. Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim para destruí-los, mas para dar-lhes cumprimento. Porque em verdade vos digo que o céu e a Terra não passarão, até que não se cumpra tudo quanto está na lei, até o último jota e o último ponto. (São Mateus, V: 17-18)
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Moisés

2. Há duas partes distintas na lei mosaica: a lei de Deus, promulgada sobre o Monte Sinai, e a lei civil ou disciplinar, estabelecida por Moisés. Uma é invariável; a outra é apropriada aos costumes e ao caráter do povo, e se modifica com o tempo.

A lei de Deus está formulada nos dez mandamentos seguintes:

I _ Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás deuses estrangeiros diante de mim. Não farás para ti imagens de escultura, nem figura alguma de tudo o que há em cima no céu, e do que há embaixo na terra, nem de coisa que haja nas águas debaixo da terra. Não adorarás nem lhes darás culto.

II _ Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão.

III _ Lembra-te de santificar o dia de sábado.

IV _ Honrarás a teu pai e a tua mãe, para teres uma dilatada vida sobre a terra que o Senhor teu Deus te há de dar.

V _ Não matarás.

VI _ Não cometerás adultério.

VII _ Não furtarás.

VIII _ Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.

IX _ Não desejarás a mulher do próximo.

X _ Não cobiçarás a casa do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem outra coisa alguma que lhe pertença.

Esta lei é de todos os tempos e de todos os países, e tem, por isso mesmo, um caráter divino. Todas as demais são leis estabelecidas por Moisés, obrigado a manter pelo temor um povo naturalmente turbulento e indisciplinado, no qual tinha de combater alguns abusos arraigados e preconceitos adquiridos durante a servidão no Egito. Para dar autoridade às suas leis, ele teve de lhes atribuir uma origem divina, como o fizeram todos os legisladores dos povos primitivos. A autoridade do homem devia apoiar-se sobre a autoridade de Deus. Mas só a idéia de um Deus terrível podia impressionar homens ignorantes, em que o senso moral e o sentimento de uma estranha justiça estavam ainda pouco desenvolvidos. É evidente que aquele que havia estabelecido em seus mandamentos: "não matarás" e "não farás mal ao teu próximo", não poderia contradizer-se, ao fazer do extermínio um dever. As leis mosaicas, propriamente ditas, tinham, portanto, um caráter essencialmente transitório.

21 a 28

O Espiritismo